Desde a primeira infância, estamos desenvolvendo aspectos importantes de quem somos, como a autoestima. Para a perspectiva de Carl Rogers, fundador da abordagem centrada na pessoa, aprendemos a ter necessidade de afeto ainda bebês. Algo básico do ser humano: ser amado ou ter consideração positiva. ⠀
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Acontece que, modo geral, não somos amados sem que nossas ações sejam levadas em consideração. Aprendemos cedo regras do que é certo ou errado para se fazer, ainda que o que seja considerado errado faça parte de quem eu sou naturalmente. Resultado? Faço o que não me agrada para garantir o amor do outro. ⠀
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Para Rogers, existe a consideração positiva condicional e a incondicional. Na primeira, somente algumas características da criança são consideradas aceitáveis. O amor e a aceitação direcionados à criança dependem da performance dele e não simplesmente de como ela é integralmente. Por outro lado, na consideração positiva incondicional, não existe uma distância – incongruência – relevante entre o self ideal e o self real. Ela sente-se confiante, então, para ser quem é. ⠀
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Rafael, como citado em Scartezini, Rocha e Pires, afirma que “a diferença entre a ‘imagem de si’ (self real) e o ‘desejado’ (self ideal), num grupo de características do indivíduo, levará ao índice de autoestima, ou poderá refletir a autoinsatisfação”. Este desenrolar, como dito no comecinho do post, tem seu início na infância, mas se estende até a velhice e sempre podemos encontrar ajuda – por exemplo, no processo terapêutico.
O que fazer com o que fizeram de nós? ⠀
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Referência:⠀
SCARTEZINI, Luma Guirado; ROCHA, Ana Carolina Raad; PIRES, Vanessa da Silva. A necessidade de autoestima em Carl Rogers. (2013)